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sábado, 19 de janeiro de 2013

Capítulo 88: A Viagem – Parte 3 (A grande Festa)





Foi assim, depois de muito conversarmos e acertarmo-nos, que voltamos cada um pra seu canto: eu pra minha casa e eles para o hotel.

Estava no fim do ano e então cheguei, em uma de nossas saídas juntos, a comentar sobre a loucura que é festejar o Réveillon com meus pais. E de como cada vez mais me via diferente no meio a tanto luxo. E de como era triste comemorara sozinho em meio à multidão.

O sol já não brilhava como de tarde, em seu lugar uma grande e brilhante lua. Agora era sua vez de me iluminar. Ainda era 31 de dezembro, mas logo seria dia 1º.  Era noite, era festa, era ANO NOVO. E eu continuava te buscando em meu silencio, o silencio no barulho da festa, o silencio que ninguém escutou! O silencio do meu amor. O cara que eu esperava? Não tinha face e nem nome... Apenas um herói.

Escuto os fogos, olho pra cama e lá está meu smoking, minha mãe me liga no celular perguntando onde estou; afinal havia milhares de pessoas na casa, como ela me acharia não é? Digo-a que já vou descer. De minha sacada contemplo o show pirotécnico. 
 
Decido me aprontar, e descer... Esta era a única forma de rebeldia discreta que ainda eu conseguia fazer para com meus pais: chegar atrasado à festa. Mas confesso que gostaria de ser surpreendido e surpreender também.

Desço as escadas do jardim, vejo minha mãe se virar e dizer aos senhores aprumados e as senhoras de brilhantes que aquele que se aproximava era seu filho. Uma delas exclamou: “Nossa como ele é lindo, a quem será que puxou?”. E meus pais sorrindo ficam competindo a quem minha beleza pertencia geneticamente. Eu apenas sorria amarelamente.

Não me lembro de muita coisa, lembro-me apenas de estar triste e longe dali. Eu não apreciava tal data. Será possível se sentir só num local com tanta gente? Sim, era possível e era assim que me sentia.

Apesar de ter varias mesas, duas se destacavam por serem centrais, longas e cumpridas; e ambas se juntava (união) ao meio uma da outra, formando assim uma forma de “T” as duas mesas. Eu me sentei bem ao meio da mesa do qual a outra vinha de encontro. De modo que eu poderia dizer que de certa forma estava ao centro de uma mesa e na cabeceira da outra.

A festa adentrava a noite e todos brindavam o ano que nascia. Tudo estava bem, Clarisse estava bem, enfim. Mas me faltava algo. Sim, não convidei os meninos à festa, e eles sabiam do por que. Somente minha mãe tinha o poder de tirar ou acrescentar nome à lista de pessoas importantes a estarem ali no evento. E ela quando os viu, após o acidente, até os tratou bem, mas deixou claro que não os queriam na casa. Não sei o porquê também. Talvez porque não sejam tão ricos.

E foi quando todos levantaram as taças pela terceira vez na noite, pra brindar um pedido de casamento de um de nossos amigos convidados, que meu desejo de ano novo se realizou.

Não se deve duvidar da magia de tal noite, porem todo pedido deve ser bem pensado, pois com ele vêm as responsabilidades das consequências... Mas eu nem ligava só queria meu salvador. Aliás, meus salvadores.

Eram eles, os meninos, meus melhores amigos, invadiram a festa, entraram tão de repente, fazendo zona. Riam e pegavam as taças de champanhe da bandeja dos garçons que os faziam careta feia. O carro mal estacionou próximo as nossas mesas e eles saltaram todos de smoking (lindos) sorrindo e festejando. Os seguranças da festa tentaram rende-los, mas Cadu ligeiramente subiu sobre a mesa da qual eu parecia estar na cabeceira, e caminhou sorrindo e dançando ao som da banda alegre ao fundo. Ele vinha em minha direção sorrindo e pedindo desculpa pelas taças derrubadas pelos seus pés desastrados, e num dado momento sapateando sobre a mesa colocou uma rosa vermelha na boca e veio como um palhaço desengonçado a mim.

Eu me mantive serio, surpreso e sereno. Estava atento ao que acontecia e sem reação. Mas podia ouvir as pessoas reclamarem e a gritarem nas mesas. 

Minha mãe dizia ao meu pai: faça alguma coisa, eles estão estragando minha festa... Mas quem são estes delinquentes?

Então ele parou na minha frente sorrindo, todos silenciaram e nos olharam; ele baixou um de seus joelhos sobre a mesa, como quem corteja alguém, retirou a rosa vermelha de sua boca e entregou a minha mãe que pegou com medo e cara de quem pede socorro, e me olhou novamente. Dessa vez ele me estendia à mão direita e perguntava: Confia em mim?

Eu então sorri para ele, olhei para minha mãe que ocultamente me dizia: “o que você vai fazer? Eu te deserdo”. Então segurei a mão dele e respondi que “sim”. Ele me puxou pra cima da mesa (ouvi suspiros críticos dos convidados, buchichos e cochichos) e me disse: “Então vem comigo”. E saímos correndo por cima da mesa: ele na frente me puxando e eu atrás sorrindo.

Eu sei foi um escândalo. Acho que minha mãe desmaiou após minha fuga.

 Os seguranças soltaram os demais meninos sob minha ordem, e fugimos nós todos para a praia. E por lá ficamos a noite toda. Foi um sonho, foi maravilhoso.


 
Pela manhã quando a festa havia acabado, retornamos para meu lar, onde todos dormiam bêbados de sono e bebidas. Agora só estava Cadu e eu. Eu sabia que iria levar a maior bronca. Resolvi me despedir dele na cozinha menor, onde ninguém estava, e da qual a saída dele seria mais fácil e discreta.

Ele então me pôs contra um armário da cozinha, me segurou pela cintura, se aproximou bem perto de mim, olhou nos meus olhos e me disse baixinho: “Foi a melhor noite... não, minto... Foi a melhor virada de ano que tive até hoje sabe por quê? Porque passei ao teu lado”. E continuou dizendo sorrindo: “E não importa quantas penas tenho que pagar por causa do que fiz; fiz e faria mil vezes de novo, se o premio fosse você!”.

E antes mesmo que eu pudesse pensar em alguma palavra, ele me beijou.

Foi incrível, eu também faria tudo de novo, aceitaria toda a pena por estragar a festa de meus pais, só para repetir aquele doce, quente e delicioso beijo novamente.

O problema foi que quando acabamos de nos beijar, minha mãe estava parada na porta da cozinha nos olhando como quem diz: “Eu não acredito no que estou vendo”. 

Ela havia nos pegado no flagra!


(CONTINUA...)




Som Tema do Post:


It's My Life
(Bom Jovi)

Esta não é uma canção para um coração partido
Não é uma oração para quem perdeu a fé
Eu não serei só um rosto na multidão
Você vai ouvir minha voz
Quando eu gritar bem alto

É a minha vida
É agora ou nunca
Eu não vou viver para sempre
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo
(É a minha vida)
Meu coração é como uma rodovia aberta
Como Frankie disse
Eu fiz do meu jeito
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo
É a minha vida

Isto é para aqueles que fizeram seu caminho
Para Tommy e Gina que nunca desistiram
Amanhã está ficando difícil não cometer nenhum erro
A sorte ainda não é sortuda
Tem de fazer suas próprias regras

É a minha vida
É agora ou nunca
Eu não vou viver para sempre
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo
(É a minha vida)
Meu coração é como uma rodovia aberta
Como Frankie disse
Eu fiz do meu jeito
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo
É a minha vida

É melhor estar alerta quando eles estão chamando por você
Não se curve, não quebre, baby, não desista

É a minha vida
É agora ou nunca
Eu não vou viver para sempre
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo
(É a minha vida)
Meu coração é como uma rodovia aberta
Como Frankie disse
Eu fiz do meu jeito
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo
É a minha vida

É agora ou nunca
Eu não vou viver para sempre
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo
(É a minha vida)
Meu coração é como uma rodovia aberta
Como Frankie disse
Eu fiz do meu jeito
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo
É a minha vida


 Abraço a todos...






BY ME S2 (S-FCSP)

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